terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Achmed (2)

Talvez não fosse de mau tom explicar que o sketch do post anterior se trata de um excerto de um espectáculo de um ventríloquo (porque não ventríloco, raios? - pipis desses artífices da letra, que se sentaram um dia num sofá e foram aleatoriamente dando nomes ao que viam, qual Eva nos Diários de Mark Twain).

Que tal o vídeo?

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Achmed

(o regresso terá de ser feito devagar, progressiva e gradualmente)


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Normalidade

Quando a raiva revolve nos interstícios corporais, acumulando as axilas não de suor mas de suores, enchendo seios nasais nao de muco mas de mucos, e toda a espécie de espécies que habitam pelo sistema adentro excretam todas as excreções acumuladas em anos e anos de parasitismo, impera a normalidade.

Não, a sério. É normal.


Foda-se.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Dos sorrisos

Vão e vêm,
Em matizes esborrados, manhã afora;
Hesitantes entre o estar e o ficar.

E pronto, atingido que está o mariquismo máximo, tenho apenas a desejar a alguém menos inumano que eu - não será difícil - uma boa semana.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Rato (3) - Cialis tadalafil

Há momentos na vida de um tipo que são do piorio. Alguns dizem que o melhor era enfiarmo-nos num buraco (outros praticam-no de facto). Não ouso tão elevados voos. Limito-me a desejar boa noite a quem me encontrar em constrangedoras posições, e retiro-me humildemente.

Cialis tadalafil é, e tenho pena de não o ter sabido antes do post anterior, um medicamento contra a disfunção eréctil.




Passados o choque e a humilhação, declaro aqui desconhecer a origem deste rato infame.
Mas ainda bem que já estás no lixo.

Rato (2)

Presumo que se denote pela minha perspicaz descrição do DOS que quando nasci já havia Windows.

Que fique bem claro.

O Rato

Antes do rato, havia um teclado branco sobre um fundo preto, medianamente estrelado, em que tudo era transparente, à sua maneira. Digo, incompreensível. Porém (ouvi dizer) lógico.

Agora temos este objecto (que lhe chamarei: semi-esférico? - não passa de uma ovalóide pretensiosamente deformada com uma rodinha igualmente pretensiosa e um fio que ranhosamente se enrodilha noutros fios em nós a que chamaria cegos não fosse a minha repulsa por lugares comuns (está bem está)) útil.

Útil? Provavelmente. A menos que se trate de um (raios, que lhe chamo?) ovócito de propaganda farmacêutica, com "Cialis tadalafil" estampado no traseiro, e uma irritante fonte de zunido nas minhas colunas, a menos que em movimento sobre o tapete que lhe está reservado. Mas um homem não pode estar sempre a abanar a mão, caramba.


Resultado: lixo.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Sons da Escrita

"Compasso a compasso, palavra a palavra, alinham-se, rigorosos, os sons da escrita.
Quando um homem interroga a água pura dos sentidos e ousa caminhar, serenamente, os esquecidos atalhos de todas as memórias, acontecem viagens — viagens entre o quase tudo e o quase nada.
Então, da raiz dos nervos da memória surge a planta de uma vida escutada no silêncio dos sons da escrita.
Sons da Escrita – à volta de uma ideia de José-António Moreira"

Ocorre que tenho contacto pessoal com esta personalidade - é professor na escola em que estudo e tem contribuído para um trabalho no qual participo. Pouco importa.
O blog a que me refiro, perdão, o podcast a que me refiro, perdão, refiro-me a ambos, circulam na exploração de obras literárias de outrem, sendo constituídos, naturalmente, por duas complementares partes: a componente escrita (o blog) e a leitura pessoal, disponível em áudio, do animador - José-António Moreira - em podcast.

É certo que basta olhar para um top de venda de discos nacional para compreendermos que não é a qualidade que leva à quantidade, ou os tops seriam outros. No entanto, tal não me parece que seja o caso. Os tops de podcasts do iTunes incluem, sempre, na secção de Arte ou de Literatura, em primeiro ou segundo lugar "Sons da Escrita".

Uma ideia estimulante.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Miles Davis - So What

Disse Miles Davis, aquando da gravação de um dos seus discos:

“I'll play it first and tell you what it is later.”

Puro Jazz.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

A chiclet (2)

Como não poderia deixar de ser, sendo o recurso à contradição próprio de quem procura parecer complexo, informo que estou no momento presente a mascar uma chiclet.
De mentol, como compete.

A chiclet


O pequeno paralelepípedo faz hoje parte das nossas vidas, e tão grande é a naturalidade com que o acolhemos que não ocorre ao comum mortal racionalizar o acto do seu consumo. Procuremos, por um segundo, reflectir no acto irreflectido e inútil que é colocarmos na boca este "pedaço de petróleo" (como lhe chamava a minha professora da primária, instigando-nos a não mascar) para no final a cuspirmos, para o chão (sendo que alguém sofrerá um dos dois piores destinos que alguém pode experimentar, no que respeita a pisar substâncias) ou para um caixote do lixo.


5 cêntimos, é certo, mas para quê?

Fátima Campos Ferreira

Não basta passarem "Velocidade Furiosa" (e respectivas sequelas) com o Vin Diesel e o seu amigo, um irritante loiro com papel de bonzinho, numa frequência bi-semanal, filmes chineses e japoneses em fraquinhas imitações de um cinema (que é já de si pseudo-)americano todas as sextas-feiras à noite, temos à segunda-feira - temos, digo, tem quem a tal se aventura - que ouvir o país ser debatido com esta espécie de energúmeno como apresentadora.

Até a Maria Elisa (malogrado o facto de nos ter permitido elevar Salazar ao "mais Grande dos Portugueses") faria melhor. E daí... só com uns cafés no bucho.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Entre as 3 e as 4

- Ó pá, uma hora é só uma hora.

(Digo eu, de alguém a quem obrigaram a esperar uma hora, num café, 3600 eternos segundos de pasmaceira e inactividade, alguém que dou graças a Deus por não ser eu)

- Se for das 3 às 4 é uma tarde.

(Diz o Ente Lectual.)


Bem visto.