domingo, 10 de fevereiro de 2008

O Rato

Antes do rato, havia um teclado branco sobre um fundo preto, medianamente estrelado, em que tudo era transparente, à sua maneira. Digo, incompreensível. Porém (ouvi dizer) lógico.

Agora temos este objecto (que lhe chamarei: semi-esférico? - não passa de uma ovalóide pretensiosamente deformada com uma rodinha igualmente pretensiosa e um fio que ranhosamente se enrodilha noutros fios em nós a que chamaria cegos não fosse a minha repulsa por lugares comuns (está bem está)) útil.

Útil? Provavelmente. A menos que se trate de um (raios, que lhe chamo?) ovócito de propaganda farmacêutica, com "Cialis tadalafil" estampado no traseiro, e uma irritante fonte de zunido nas minhas colunas, a menos que em movimento sobre o tapete que lhe está reservado. Mas um homem não pode estar sempre a abanar a mão, caramba.


Resultado: lixo.

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