Na sequência da anterior "afirmação" (se é que posso assim blasfemar um tal laivo), e respondendo a uma (agradabilíssima) proposta da minha professora da mui nobre disciplina de Português, procuro ao de leve deixar uma impressão.
Escrevi em tempos, o seguinte:
"A palavra é algo absolutamente necessário, sem dúvida, mas superficial. A verdade é que não podemos viver sem ela e, no entanto, ela não nos satisfaz." Poderia tê-lo dito de mil outras formas, embrulhá-lo num mais belo enredo de floreados, num lírico jardim, mas não cri ser necessário, por me parecer tão cru e sincero (ou talvez por me falhar a arte). Mas sublinho, de entre o que afirmei, o que é, para o caso, relevante: é indispensável a palavra. É, dizem, a nossa moeda de troca para o mundo.
E, humildemente (como compete), faço uma pequena vénia ao Homem que, sem artifício maior que a sua genialidade, disse: "A minha pátria é a língua portuguesa."
Mesmo que o pretendesse, parece-me inútil procurar refutar o que a seguir proferiu: de qualquer perspectiva tem razão, o senhor Fernando/Bernardo.
E é o que dá pedirem-nos para falar dos Grandes. Criticar, roça o masoquismo. Apoiar, fundamentar, é cair em redundâncias fúteis que só reduzem e amesquinham o original.
(Reduzamo-nos...)
- Entao e o Godofredo, já casou?
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
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3 comentários:
perante tal demonstração de inteligentsia (com ts e tudo)só nos podemos mesmo reduzir à dita insignificância.
VAI MEALHA, ARREBENTA COM ESTA MERDA CRLO
(sim, ando desocupado)
sim, e então, o Godofredo já casou?????????
a pátria//a língua portuguesa ?! Afinal F. Pessoa não foi assim tão original nessa ideia de pátria enquanto património identitário, cultural e linguisticamente comum. Ora vejamos:
"Eu serei voluntariamente natural de toda a parte onde encontre irmãos que falem a minha língua."
(Camilo Castelo Branco (1825-1890), " Estrelas Propícias")
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