domingo, 27 de abril de 2008

25 de Abril

Decorre hoje, minuto por minuto, em lágrimas de mecanismo de relógio, precisas (como dita a máxima inglesa) e invariáveis, o dia 27 (vinte e sete) - ver O meu nome é legião - do mês corrente, de nome Abril, mês amplamente conhecido não só pelas águas que dos céus jorram, não em lágrimas estas, como o já referenciado relógio e o seu mecanismo, mas como cães e gatos (aqui se reflecte uma anglofonia pouco disfarçada e que nem da fonia anglo-esa é dotada, como se pode ouvir pelo meu sotaque desafortunadamente pouco british).

Em primeiro lugar, regresso às frases de dimensão paragráfica - consequências da leitura de Saramago, recentemente agraciado com o agradecimento (estranha combinação) do nosso humilde primeiro-ministro - terceira pessoa mais poderosa do país, para ignorância de muitos.

Em segundo lugar (e último), liberdade é isto, poder celebrar o 25 a 27, sem cravos ou adornos de outra espécie, sem bla bla blas sobre a opressão e censura (insuportáveis à mera referência extenuada) - simplesmente reclinando-me sobre um almofadão dominical, gozando de um tenebroso conto de Allan Poe enquanto a tarde passa por mim, não minuto a minuto, hora a hora, veloz.

Liberdades há muitas.

Sem comentários: